sexta-feira, 28 de maio de 2010

Capítulo 02: Sou Sailor Thunder!


Há alguns dias Monique vivenciou o que considerara os dois dias mais loucos e estranhos de sua vida. Por vezes chegou a pensar que estava louca, ou que tudo não passava de um breve devaneio. Procurou Luiz para ter certeza do que havia acontecido, mas desde aquele dia não o via nos corredores da escola, nem conseguia contato por telefone. A cada dia que se passava, Monique não conseguia pensar em outra coisa senão no sonho que tivera, nos acontecimentos e nos seus feitos. No que havia se transformado? Sailor Thunder!? - Sailor... - Não entendia nada, e de certa forma não sabia como conseguiu fazer tudo aquilo. Lutou muito bem! - Lutou... - Nunca se imaginou lutando ou agredindo alguém. Pelo menos não via motivos para tais atos, até então...

Em casa, Monique se dedicava a pintura de um quadro. Pincelava e coloria uma ideia fixa que havia tido, entretanto, fazia as coisas como se estivesse num transe hipnótico. Quando terminou, se deu conta de que não estava diante de sua ideia original, nem de uma adaptação dela. Fixou seus olhos na tela e viu um céu escuro, formas sombrias e contra elas estavam sete pessoas, sete cores, nenhuma delas pintada ao ponto de poder se reconhecer suas feições. - Ah, que coisa! O que é isso que pintei? Mais destruição? Mais pessoas agonizantes? Não... Eles não fogem; lutam. Se lutam, lutam contra o que? Quem são? O que são?... - pensava já deitada em sua cama, e ainda fitando a pintura, adormeceu.


Ao abrir os olhos Monique se viu num lugar que não era seu quarto. Era um campo aberto, com um dia claro e nuvens no céu. Ao longe avistou uma pessoa que caminhava em sua direção. Era alguém familiar, mas não conseguia distinguir quem era exatamente. A medida que a pessoa se aproximava Monique foi reconhecendo-a. Era Luiz, seu amigo, que não parecia ser a mesma pessoa com quem convivia, mesmo aparentando ser, ela o via como outra pessoa. O rapaz chegou perto e disse:

Luiz: Você me procurava?
Monique: Sim, quero entender tudo isso que acontece comigo. Não consigo assimilar esses fatos, nem acreditar que sejam reais. Hoje pintei uma coisa que não pretendia. Não sei como aconteceu, mas quando terminei a pintura, não era o que havia planejado.
Lu: Eu sei. Você pintou o futuro. Um futuro bem próximo, eu diria. Um por vir que você fará parte, se não renegá-lo.
Mo: Pintei meu futuro?
Lu: Só se você quiser.
Mo: E se eu não quiser?
Lu: Vai arcar com as consequências.
Mo: Ah, que escolha eu tenho? E como escolher, se nem sei o que está por vir?
Lu: Sabe sim, só não se lembra.
Mo: Não lembro?...
Lu: Não, não lembra. Tudo o que está pra acontecer é relativo a outras vidas, outras histórias que você viveu.
Mo: Eu vivi? Vai dizer agora que sou a encarnação de alguém que precisa ser punido?
Lu: Não é você que precisa ser punida, ao contrário, você foi escolhida para lutar e impedir o caos.
Mo: Eu!? Por que? Não sei de nada, não sei lutar.
Lu: Sabe sim, tanto que lutou para me proteger e se libertou.
Mo: Olha, até agora você só me disse coisas que não fazem muito sentido. Quero saber o que se passa comigo, ou conosco. O que foram esse sonho, e essa pintura? Quem são aquelas mulheres? O que queriam contigo? E o mais importante: o que está comigo?
Lu: Tudo será explicado. Nos conhecemos há muitos anos e muitas vidas. Estivemos juntos guardando algo muito poderoso que as forças obscuras tentam dominar: o poder elemental.
Mo: Lembro que elas falaram algo sobre.
Lu: O poder elemental é a força que rege a Terra e o universo. É a magia capaz de criar e destruir, que foi destinada a guardiãs para que não caiam em mãos erradas. Você é uma delas.
Mo: EU!?!? Então é isso que está comigo? E elas querem para...?
Lu: Não está COM você, está EM você. E aquelas mulheres foram mandadas para retirá-lo. Pensaram que estava em mim, mas eu não sou nada mais que um escudeiro. Protejo você enquanto não se liberta. Tem sido assim por várias vidas.
Mo: Você disse guardiãs. Existem outras como eu?
Lu: Existem. E cada uma de vocês possui uma parte desse poder. Só que antes de mais nada, quero lhe dizer algo: você é a responsável por mantê-las seguras, não importando o que aconteça. Você se ofereceu para lutar contra as forças que querem o poder para si e causar o caos e o terror. Você é a Sailor Thunder, a guerreira do trovão, da eletricidade e do magnetismo.
Mo: Sailor Thunder... Essa sou eu? Mas não me lembro de nada relacionado a essa identidade.
Lu: Com o tempo se recordará. As coisas não acontecem em vão e tudo na vida tem um significado. Fique tranquila que logo estes acontecimentos farão sentido para você. Mas não vacile, pois as coisas se tornarão difíceis a partir de agora Sailor Thunder. Precisamos nos unir e lutar.
Mo: Não sou Sailor Thunder! Sou Monique, e não sei se vou lutar.
Lu: Como havia dito, se não lutar vai arcar com as consequências, que podem ser penosas.
Mo: Estou confusa, não sei quem sou e ainda tenho uma missão de lutar contra forças obscuras que nem sei de onde vem ou o que são ao certo.
Lu: Acredite em si mesma, siga seus instintos, seu coração. Tudo vai dar certo... - a garota vê seu amigo se virar e ir embora. Ela grita, chama, mas ele não volta. Caminha em direção ao horizonte e some. Logo ela percebe sua vista ficar turva, até não enxergar mais nada.

Monique acorda e salta da cama, está atrasada novamente. No camimnho da escola pensa em tudo o que ouvira de seu amigo em sonho. Mesmo reconhecendo-o, não acreditava, em certos momentos, que aquele rapaz de cinza era mesmo o Luiz de sempre. Chega a escola, senta na sala e ao se virar para a porta o vê entrando. - Luiz! Que bom te ver! - Ele a cumprimenta e assistem a aula juntos. No intervalo ela o procura e puxa a conversa.

Mo: Sonhei contigo hoje. Mas foi tão louco, você usava roupas estranhas e me explicava algumas coisas. Acho que estou pirando.
Lu: Então nos encontramos mesmo? Fico feliz de ter sido ouvido.
Mo: O que!? Você sonhou a mesma coisa que eu?
Lu: Sonhos são reais, são reveladores, dizem o futuro, retomam o passado e também produzem encontros que não são possíveis no plano físico.
Mo: ... Nem sei o que dizer Lu.
Lu: Não diga, apenas pense em tudo o que foi dito. E não tome decisões precipitadas, a hora está chegando e você certamente saberá o que fazer.
Mo: Ainnn Lu. Às vezes me sinto louca, sabe? Tanta coisa acontecendo de repente.
Lu: Você não é louca. Apenas está se adaptando. Logo se lembrará e tudo será tranquilo, pelo menos em alguns aspectos.

E conversaram até que o intervalo acabou, e a aula também. Chegando em casa, Monique avista duas mulheres andando na rua e vindo em sua direção. Fitando-as fixamente, reconhece suas feições e tenta fugir, em vão.

- Queremos o que é nosso!
Mo: Vocês de novo? Não tenho nada que lhes interesse! - as mulheres a cercam e seguram em seu braço.
- Tem sim, e viemos buscar. Nos dê o poder elemental que está com você. - e a puxam com força, vasculhando sua mochila, seus pertences caem todos no chão. Mas elas não acham o que procuram. - Onde está? Diga!
Mo: Já disse que não está comigo, me soltem, por favor. - seus olhos enchem de lágrima. Não sabia o que queriam, porque passava por tudo aquilo. Fechou o olhos e começou a pensar naquilo que seu amigo lhe dissera em sonho. Tinha uma missão, tinha um poder, tinha uma escolha a fazer. E a menos que ela escolha lutar, isso nunca acabaria. Mas e se lhes entregasse o que queriam? Não... Arriscado demais. O sonho e o quadro mostraram coisas terríveis. - O que faço? - pensou. - "Acredite em si mesma, siga seus instintos, seu coração. Tudo vai dar certo..." - as palavras do amigo vieram como um raio em cima de uma árvore. Despertando algo que ela desconhecia até então.
- E então menina, não temos o tempo todo! Nos entrega ou sofre as consequências?
Mo: Não entrego nada! O que está em mim é precioso e não deixarei cair em mão erradas! - ela consegue se soltar e se arma para a batalha. - Se quiserem venham tirar de mim. E não pensem que será fácil!
- Não sabe com quem se meteu menina. "Conjuração de sombras!" - com essas palavras, elas conseguiram fazer com que as sombras tomassem forma de monstros. - Monique encara as duas mulheres, fecha os punhos, levanta a mão e diz:
Mo: Poder do elemento: transformação! - mais uma vez ela se transforma. - Não darei aquilo que me foi confiado para proteger a Terra. Sou a guerreira do trovão: Sailor Thunder. E irei impedí-las!
- Sailor do trovão, seu poder será nosso! Somos Trinity e Vanilla, servas do Reino do Terror e acabaremos com você!
Sailor Thunder: Finalmente se revelaram... Venham e vejam se são capazes.
Tri: Guerreiros, peguem-na!
STh: "Explosão de centelhas!" - Sailor Thunder lança centelhas nos monstros, que desaparecem um a um.
Van: Sua petulante! - Vanilla parte pra cima e inicia uma luta contra a Sailor do trovão. Trinity não fica de fora, e juntas a atacam. Sailor Thunder se defende dos golpes das mulheres de preto e as ataca incessantemente. Lança mais centelhas e as atinge.
Van: Não estamos conseguindo atingí-la com efeito. Precisamos de mais energia para contra-atacar.
Tri: Percebi. Vamos nos recolher. Não podemos ser derrotadas. - tão logo decidiram, partiram. E a Sailor as viu sumindo na poeira negra novamente. Agora sabia seus nomes e o que queriam. Sem ter muito o que fazer, voltou ao seu estado normal e continuou andando pela rua...

Finalmente chegou em casa, foi para o quarto e se jogou na cama. O corpo doía um pouco e ela se sentia cansada. Fitou o quadro, fixou o olhos nas pessoas representadas e pensou... Notou algo diferente na pessoa representada em amarelo e disse: Sailor Thunder, é você! - Pensou no sonho com o amigo mais uma vez. E nos últimos acontecimentos também. Respirou fundo, passou a mão sobre o rosto e refletia em tudo. - Que decisão tomar? - Seu telefone toca, uma sms: "Quem é você?" - ela respondeu: Sou Sailor Thunder. - Seu telefone toca novamente, outra sms: "Vamos lutar juntos?" - Ela suspira, toma fôlego e responde decidida: Sim.

Fim do capítulo 02
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"Por que machucam as pessoas? Deixem minha amiga em paz!" - Descubra no próximo capítulo.

domingo, 23 de maio de 2010

Capítulo 01: Dois dias, um começo...












Céu rosado, sol se pondo e muita correria. A noite caiu sobre a cidade de Azenic e Monique mais uma vez não se deu conta do quanto estava atrasada para o encontro com as amigas. Pensou que as meninas a comeriam viva se não conseguissem assistir a sessão das 20h. Correndo pela rua cheia de pessoas também apressadas, olhava várias vezes no relógio, pedindo que a hora se congelasse por uns minutos, para que não chegasse tão tarde.

Dia 01

Foi num desses momentos em que batia o olho no relógio, que algo estranho aconteceu: ela não conseguia manter o foco no ponteiro, sentiu-se tonta, as pernas tremeram e se viu caindo lentamente. Ao tentar se recompor, olhou a sua volta e o lugar onde estava já não era mais o mesmo. O céu estava muito escuro, as estrelas estavam sem brilho e as pessoas estavam no chão, a gritar desesperadamente... De repente, a garota começou a ver vultos se mexerem entre as pessoas, mas não conseguiu reconhecer quem eram. Num piscar de olhos, eles desapareceram e pôde se ouvir gargalhadas muito fortes. Gargalhadas que lhe congelaram a espinha. A ansiedade tomou conta dela, e num reflexo, virou-se para trás. Tomou um enorme susto quando viu os vultos parados acima de um prédio. Eles lhe disseram:
    
- Não adianta correr menina, nunca vai conseguir impedir que este dia chegue.
Monique: Que dia? Onde estou e quem são vocês?
- Não se faça de tola! Sua hora vai chegar e tudo o que você conhece vai desaparecer!
Mo: Não sei do que estão falando... Por favor, me deixem ver quem são. O que faço aqui? - e a sensação de medo e pavor tomou conta dela.
- Veja a sua volta, ninguém poderá escapar da vontade DELA. Em breve todos neste mundo reconhecerão o Reino do Terror!
Mo: Por favor, não aguento esses gritos!!! Me ajudem! - lágrimas corriam de seus olhos.
- HAHAHAHAHAHAHAAH! Chore criança... Seu choro nos alimenta...
   
Monique começou a correr de novo, num desespero que nunca havia sentido. No meio dos gritos agonizantes e das pessoas sofridas, ela começou a se sentir tonta. Tudo estava tão confuso; ela não sabia onde estava ou o que havia acontecido com suas amigas, sua cidade... Não demorou muito para cair novamente.
    
- Monique! Monique! Acordaaa!
Mo: Hã!? Socorroooo, eles querem me pegar!
- Eles quem Monique!? Tá doida!?
Mo: Os vultos, eles estão atrás de mim e... - ela se deu conta de que estava caída no chão e havia um bocado de pessoas a sua volta.
- Do que você está falando? Tá bem? [Acho que a pancada foi forte demais, hahahahahahaha]
Mo: Ehhh... nada não! Tô bem, olha. Consigo ficar de pé e mover tudo. Não sinto dor nenhuma.
- Eu hein. Agora vamos, porque as meninas devem estar doidas esperando a gente.
Mo: Espera... Quer dizer que a senhora estava mais atrasada que eu hein, dona Talita Raquel!
TR: Uhmmm, eu me atrasei porque.... porque... Ah, porque você estava caída aí no chão, apagada né? Tive que te socorrer oras. Vamos.
    
E foram. Chegaram no shopping super atrasadas, mas como Michele é daquelas pessoas prevenidas, comprou o ingresso das "atrasildas" adiantado e todas já estavam com os ingressos na mão. O filme passou e elas foram a praça de alimentação lanchar. Monique lembra do que havia acontecido e diz:
    
Mo: Gente... Me aconteceu algo tão estranho hoje...
Michele: O que? Aposto que vem mais um desastre aí...
TR: Que nada! Falei pra vocês que eu estava vindo e a encontrei na rua, caída né? Então, ela acordou muito assustada gritando: aaaaaahhhhh vultos querem me pegar!
Mi: KKKKKKKKKKKKKKKKKKK Caraca! Não acredito, mais um mico.
Gisele: Ah a Monique é campeã de micos, todo mundo sabe disso!
Mo: Não gente, dessa vez foi diferente. Eu tive um sonho estranho: com pessoas gritando, vultos querendo me pegar e dizendo que vão acabar com o mundo.
Gi: Jerusalém! O fim do mundo!?... Já fico toda arrepiada.
TR: haha... A Monique é maluquinha mesmo. Deve ter batido a cabeça muito forte. Foi mega-engraçado: ela ali no chão gritando feito aloka e todo mundo olhando pra ela. hahahahahaha
Mo: Ah, nem gritei tão alto assim tá TR! Além do mais só eu sei o que vi. Foi aterrorizante...
Mi: Não fica assim Nique, foi só um sonho, ok!? Isso só aconteceria se fizessem um ataque terrorista aqui. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Mo: É mas... foi tão real!
TR: Relaxa prima! Michele falou bem, foi só um sonho e nada mais.
Gi: Vamos embora!? Tá ficando tarde.

Monique ficou com aquilo na cabeça até tarde. Não conseguia esquecer as risadas maléficas e os gritos de pavor. Chegando em casa, não demorou muito a ir pro quarto. Tentou dormir, mas não conseguia. Entrou na internet pra tentar esquecer o episódio e deixar vir o sono. Foi quando ela recebeu uma mensagem SMS pelo celular, que dizia: "Vai começar, esteja preparada. O mundo precisa de você." - O que é isso? - pensou. - Um sonho estranho a tarde, e uma mensagem desconexa a noite!? Ah, só pode ser coisa da Michele... Ela quer me zoar. - Mas no fundo ela sentia algo diferente, algo muito estranho estava para acontecer e ela estava no meio de tudo isso. E o pior, ela sabia que suas premonições geralmente não falham.

Dia 02

Toca o despertador, Monique levanta apressada, se arruma e corre pra escola. Ainda pensando nas coisas que aconteceram, procura andar com cuidado, temendo ter outra queda na rua e outro sonho maluco. Chega na escola sem problema algum, mas uma coisa estranha chama sua atenção. Luiz, seu amigo, corre desenfreadamente pra fora da escola. Ela vai atrás dele chamando-o: - Lu, espera! O que houve? - Ainda tentando alcançá-lo, a garota avista uma mulher de roupas pretas ultrapassá-la, indo atrás de seu amigo. Ele corre, mas não consegue escapar. Outra mulher aparece bem na frente dele e o faz parar.

Luiz: O que vocês querem de mim?
- Você sabe o que é, entregue!
Lu: Não sei do que estão falando. Me deixem em paz.
- Se não entregar por bem, vai entregar por mal.
Mo: Luiz! O que está acontecendo? Quem são essas pessoas? - olhou pra uma das mulheres - Deixem meu amigo em paz!
- Ele tem uma coisa que nos pertence, e queremos de volta.
Lu: Se quiserem, venham pegar. Só deixem minha amiga em paz. - Mal Luiz acabou de dizer essas palavras e as duas mulheres avançaram. Uma segurou e a outra revistou, mas só acharam o celular.
- Onde escondeu?
Lu: Não está comigo, vão embora!
- Não sem antes terminar o serviço! - começaram a bater no rapaz. Monique, desesperada, tenta apartar a briga em vão. Enquanto uma agride seu amigo, a outra volta para segurá-la.
Mo: Luiz!!! Não! - fechando os punhos, ela consegue se soltar e, sem entender como, derruba as duas mulheres no chão.
- Veja, está com ela!
Mo: O que?... - Monique olha pros seus punhos e vê uma luz amarela emanando...
Lu: Monique, corre! - as mulheres partiram pra cima dela, mas novamente por instinto, a menina se esquiva e ergue a mão em direção a elas. Um disparo de energia amarela sai de sua mão e as atinge... Elas então erguem as mão pro céu e conjuram palavras estranhas. Luiz chega bem perto e diz: - Não precisa fazer isso Nique. Fuja o quanto antes.
Mo: Fazer o que? O que está havendo? Quem são essas mulheres e o que querem conosco? - enquanto discutiam, as mulheres continuavam a conjuração. Logo as sombras das árvores ficaram disformes e subiam pela parede, tomando outras formas. Pareciam monstros sem cor se preparando pra um ataque.
Lu: Só o que tenho a dizer é: esteja preparada, pois o mundo precisa de você. - Um flash passou pela cabeça dela. Lembrou do sonho, da mensagem... Instintivamente levanta a mão e diz:
Mo: Poder do elemento: Transformação!
- Não! Ela usou o poder elemental! Sombras: acabem com ela!
Mo: Não deixarei que façam mal a pessoas de bem! Sou Sailor Thunder e vou puní-los! - e começa a luta.

As duas mulheres controlavam os monstros-sombra e Monique, transformada em Sailor Thunder, destruía um a um com seus golpes e disparos de energia. Ao certo, ela não sabia exatamente o que fazia, agia por instinto e estava lutando muito bem. Quando destruiu todos eles, preparou mais um disparo contra as mulheres. Mas antes que pudesse disparar elas disseram: - Isso não fica assim Sailor! Voltaremos e tomaremos aquilo que nos pertence! - e desapareceram numa poeira negra. Monique olha para Luiz e pensa em várias perguntas, mas como está cansada e assustada, cai desmaiada, voltando ao seu estado normal...

- Nique... Acorda!
Mo: Oi TR. Como cheguei na escola? Eu estava... - a sua frente estava Luiz, que a olhava fixamente e disfarçava ao fazer um sinal de silêncio.
TR: O Lu te achou caída na esquina de novo. Você está bem prima?
Mo: To sim, só um pouco dolorida dessa vez.
TR: Mais sonhos estranhos?
Mo: Mais que sonhos prima, mais que sonhos...

Monique e Luiz trocam olhares. Ela ameaça dizer alguma coisa. Antes disso as outras meninas chegam pra cuidar dela e o rapaz sai da sala, deixando-a intrigada e tensa. As garotas a enchem de perguntas e brincam. Seu pensamento continua em Luiz, nas mulheres misteriosas e no que aconteceu na rua... Seu celular toca; outra SMS, dizendo: "Começou..."

Fim do capítulo 01
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"O que aquelas mulheres queriam com Luiz? O que eu sou? Mais um sonho..." - Descubra no próximo capítulo.