sábado, 9 de outubro de 2010

Aviso!

Em favor de escrever uma boa história e buscando uma melhor maneira de contá-la a vocês, reeditamos o Capítulo 07: Caminhos a seguir. Sendo assim, a história reeditada deve ser considerada como a original. Pedimos desculpas pelo transtorno causado.

Atenciosamente,
Brasil.Luizfs(Lu)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Capítulo 07: Caminhos a seguir

Nossa amiga Carolina está em mais um dia de aula normal. Tudo corria bem, se não fosse por ela ter notado que a aluna nova a estava encarando e observando mais uma vez. Há quatro dias que isso está acontecendo e Carol já estava nervosa e intrigada com essa situação tão peculiar. Por mais que não tenha muitos amigos, ela não se lembrava de ter mais um desafeto. Será que fez algo que a chateasse? - "Vai ver ela não vai com a minha cara mesmo. Isso não a faria diferente dos demais... São todos uns escrotos!" - pensou...

Toca o sinal, os estudantes saem das salas de aula e rumam em direção a suas casas. E entre todos eles, está Carol, uma garota diferente das demais. Além de muito sagaz, possuía algo em sua aura que nenhuma outra pessoa teria facilmente. Ela é Sailor Fire, a guerreira do fogo, e estava com algumas lembranças em sua mente que não conseguia discernir, embora fossem bem nítidas. Tudo estava um pouco confuso, no entanto, Carolina sabia que o Andarilho iria entrar em contato em breve. De uma maneira estranha, sabia que poderia contar com ele, e que ele precisaria de sua ajuda. Só não sabia o porque exatamente. Ele havia mencionado algo sobre deter o Reino do Terror, mas não tinha a compreensão exata dos fatos.

Foi em então que decidiu pegar o telefone e tentar um contato. Mas pra que número ligar!? Lembrava-se de que o Andarilho havia falado em celular, mas não em um número em específico. Pois bem, foi pra casa, procurou algo pra comer e se deitou na cama. Abriu a mochila e vasculhou tudo, até que achou o celular. Pensou: "Como faço essa merda funcionar? Tipo, meu telefone celular não tem poderes mágicos, então como ele vai ligar pra alguém que eu não conheço o número!? O cara disse que entraria em contato, mas já fez uma semana e nada! Também não vi nada de estranho por aqui. Só tem uma garota nova que fica me encarando... Mas isso é normal. Nem todo mundo gosta de ouvir umas verdades de vez em quando... Ah, fico preocupada. Se ao menos eu pudesse me comunicar com ele..." - Nesse instante o seu telefone  que começou a tocar  - no susto, jogou o aparelho no chão.

Ca: Alô!?
- Oi Carolina?
Ca: Sim, sou eu. Quem tá falando aí?
- Sou eu.
Ca: "Eu" quem merda!?
- Aquele que anda.
Ca: Aquele que anda!? Tá de gracinha comigo é!?...
- Eu...
Ca: Vem cá, isso não é trote não, né!? Porque se for neguinho, tu vai ver só! Tenho amigos, tá ligado? Descubro tua residência rapidinho.
- Quer calar a boca e deixar eu falar?
Ca: Vê se não enche!!! - ela desliga o telefone e tenta tirar a bateria, mas não consegue. O telefone toca novamente.
- Carolina?
Ca: Você de novo!? O que quer comigo?
- Quero que me encontre... E rápido. Tenho notícias pra você.
Ca: Ahh tá de sacanagem!!! Você tá falando sério!?
- Estou, e quero que me encontre na praça às 18h, em ponto. Não se atrase. - ele desliga o telefone, sem dar chance de ela dizer mais alguma coisa.

Depois da ligação Carolina ficou mais pensativa do que já estava. Será que era o Andarilho falando? Não reconheceu a voz do outro lado da linha, por isso não tinha certeza de nada.  Para obter mais respostas, resolveu ir ao encontro da pessoa que telefonara. No caminho da praça, pensou em algumas coisas: o Andarilho ia entrar em contato, e a pessoa que ligou se identificou como "aquele que anda", ou seja, isso pode ser interpretado como "andarilho". Foi pensando durante todo o trajeto, e ao chegar no local combinado, na hora exata, procurou pelo Andarilho, mas não o avistou. Ficou parada ali por uns instantes, até que seu telefone tocou.

Ca: Oi? Quem fala?
- Sou eu.
Ca: Cadê você? Precisamos conversar e não te vejo em nenhum lugar desta praça.
- Você está sendo observada...
Ca: O que? Onde? Quem é a pessoa?
- Não se mexa! Estou num local seguro, e peço que você saia daí agora. Tem uma agente seguindo seus passos.
Ca: Uma agente? Como não percebi isso antes!?
- Ela estava infiltrada na escola. Não notou nada de diferente?
Ca: Sim, tem uma aluna nova que me encara às vezes. Mas não cheguei a pensar nisso. Sabe, tenho uns desafetos na escola, por isso eu achei que...
- Isso não é hora para lamúrias. Saia daí imediatamente! Mas não corra, ela pode perceber.
Ca: Tudo bem, já estou andando. O que faço agora?
- Entre na sorveteria.
Ca: Na sorveteria? Mas por que?
- Sem muitas perguntas, entre logo na sorveteria.
Ca: Tudo bem. - ela foi em direção a sorveteria. Durante alguns segundos, sentiu-se observada. Não era uma sensação muito ruim. Até estava familiarizada em ser observada enquanto anda. Mas esse olhar que a seguia era diferente, embora ela sentisse que fosse familiar, mais do que o comum.

Ao entrar na loja ela se sentiu um pouco estranha e incomodada com alguma coisa. Podia sentir o olhar de alguém penetrando em sua alma. Rapidamente, olhou para os lados tentando avistar o homem que marcou o encontro. Ao constatar que só havia um rapaz em toda a loja, se deparou com uma pessoa negra, de cabelos arrepiados e uniforme escolar. Ele estava sentado numa mesa, sozinho e com um telefone na mão. Aproximando-se do garoto, ela disse:

Ca: Foi você que marcou o encontro comigo?
- Sim, fui eu. Por que? Esperava outra pessoa?
Ca: Eh... Não sei como dizer isso mas, sim. Achei que encontraria outra pessoa.
- E será mesmo que não sou quem você procura?
Ca: E porque seria? Você não se parece em nada com ele. Mas... me diga, por que me chamou aqui? E como descobriu meu nome e meu número?
- Vim aqui pra te dizer algo importante. Acho que encontrei outras...
Ca: Outras!? Mas como assim?
- Você sabe. Achei outros recipientes, mas elas ainda não sabem o que carregam dentro de si. Temo pela segurança delas. Preciso de sua ajuda.
Ca: Olha, vai devagar que o andor é de barro! Quem te falou sobre os recipientes? Quem é você afinal de contas, cara?
- Me chamo Luiz, e estou investigando o paradeiro dos recipientes. Preciso de sua ajuda.
Ca: E porque eu deveria ajudá-lo?
Lu: Porque estou fraco para lutar e defender os outros recipientes. Não sei o que está acontecendo, só sei que não consigo mais lutar como antes.
Ca: Mas se você é mesmo quem estou pensando, consegue muito bem lutar... E sabe se defender.
Lu: Você lembra exatamente do que aconteceu Carolina? Se você não despertasse certamente minha missão teria fracassado.
Ca: Nossa missão, você quis dizer...
Lu: Não... Minha missão. Antes de encontrar você eu não sabia muito bem o que fazer. Acho que posso comparar meu estado de memória com o seu atualmente. Tinha lapsos de uma vida, ou melhor, de vidas que não eram as minhas. Mas de um certo modo, em todas elas, eu era a pessoa das ações. Só lembrava de uma coisa: procurar e proteger os recipientes. Nada mais fazia sentido na minha mente. Foi então que eu senti que deveria vir a esta cidade, procurar por respostas.
Ca: Mas por que sentiu que deveria vir pra cá? Onde você estava antes não haviam mais recipientes?
Lu: Sim, mas em meus sonhos eu ouvia uma voz me chamando, dizendo que eu deveria vir aqui para buscar algo muito valioso.
Ca: O que é tão vailoso? E de quem era essa voz?
Lu: No início eu não soube identificar o significado do meu sonho, mas assim que cheguei aqui e encontrei você tudo começou a ficar mais claro em minha mente.
Ca: Quando me encontrou? Como, se não nos conhecemos antes?
Lu: Eu te observei por dias... E percebi que você não estava sendo vigiada só por mim. Foi quando eu decidi tomar uma decisão. Fingi ter aquilo que os inimigos querem. Na ânsia de te proteger, liberei meus poderes e fiz o inimigo acreditar que eu era um recipiente. Mas nossos embates foram ficando cada vez mais ferozes, e eles descobriram meu plano para proteger você. Descobriram você e eu tentei te proteger naquela noite, mas no fim, foi você quem me salvou...
Ca: Nossa And... Quer dizer, Luiz. Você sofreu tudo aquilo por mim?
Lu: Eu sou o responsável por proteger vocês, mas não consigo mais me concentrar nem usar os poderes que me cabem. Apesar disso tudo, você me ajudou muito. O contato que tive contigo me fez recobrar as memórias e conseguir conectá-las de um modo que eu entenda tudo o que está acontecendo.
Ca: E o que está acontecendo? - antes que Luiz respondesse, ele virou repentinamente para trás e ficou observando a movimentação da rua de uma maneira que Carol não entendia.
Lu: Precisamos sair daqui.
Ca: Sair? Por que?
Lu: Ela está aqui... A agente que te observava...
Ca: A agente...?

Ele pegou Carolina pelo braço e saiu correndo da loja. Disse a ela que corresse, pois não poderiam dar a chance de uma agente pegá-los desprevenidos. Quando estavam distantes da loja, uma garota os abordou.

- Carolina, o que fazes tão tarde na rua com um desconhecido?
Ca: E é da sua conta Mel!?
Lu: Quem é ela?
Ca: Ninguém, só uma aluna nova, que passa o dia inteiro me infernizando.
Mel: Eu te infernizo??? Ah... Achei que já estava acostumada a ser seguida pelos olhares das pessoas. Afinal, não é você a garota que mais briga no colégio? Aquela que sempre tem respostas na ponta da língua, não importa o que digam ou pensem de você?
Ca: Olha aqui garota! Não vou levar esse desaforo pra casa não hein... É melhor você sair da minha frente!!! - parte pra cima de Mel, mas é segurada por Luiz.
Lu: Calma Carol, precisamos nos concentrar no nossos afazeres. Deixe essa menina pra lá. Não vê que ela é mais nova e só quer confusão?
Mel: Confusão...? Foi ela que me chamou aqui e sou eu que quero confusão? Ah, me poupe. Não tenho culpa de ela ser tão solitária e chorona. Digna e pena... Um garota tão bonita, tão forte e talentosa vivendo sozinha pelos cantos, com um olhar seco e fingido... Sim, fingido. Ela finge que não vê as pessoas a sua volta, só pra não cair mais na solidão em que vive. Porque tem medo de encarar as pessoas de frente. Tem receio de que todos façam como seus pais...
Ca: Retire o que disse! - Luiz a segura mais forte ainda...
Lu: Calma Carolina! Não Dê ouvidos!
Mel: É... tenha calma. Afinal, você não é a culpada se seus pais viajam tanto e te deixam sozinha em casa com seus avós. Eles são muito atarefados mesmo. Não tem tempo pra filhinha querida. Afinal, pra que se importar com você? O que eles receberiam de tão especial em troca. Você é uma pessoa vazia! Sem graça e sem conteúdo, não faria diferença alguma se seus pais estivessem com você. Carolina, acorde... Você é uma pessoa insossa.
Ca: Sua... - ela vai ficando cada vez mais nervosa. A expressão no rosto de Mel é assustadora. Ela fala cada uma dessas palavras com requintes de crueldade inimagináveis. Seus olhos parecem desejar a alma de Carolina, sua boca exibe um sorriso quase fechado, daqueles que marcam o quanto a pessoa se delicia com o sofrimento alheio. Luiz assistia a tudo tentando fazer sua companheira não ouvir os infortúnios ditos pela outra colegial. Percebendo que uma aura negra emanava de Mel, ele entra na frente.
Lu: O que você quer dela? Deixe-a em paz!
Mel: Quero aquilo que ela tem dentro dela... E pelo que vejo, já é quase meu. Não é Carolina? Diga a ele por que você me chamou... Diga a ele porque estou aqui. Vamos! Mostre e ele o quanto você está decepcionada. Revele toda a sua ira e mostre do que você é capaz! - a menina, agora com expressão cabisbaixa e olhar sombrio se volta contra Luiz e diz:
Ca: Nunca mais serei abandonada de novo! Chega de ser vista como alguém diferente. Agora as pessoas saberão me respeitar! Não vou mais passar nas ruas e ser observada como alguém estranho. Não esperarei noites em claro por um beijo de boa noite que nunca chega... Não serei mais abandonada pelas pessoas que amo!
Lu: Carol? O que está dizendo? Não deixe que ela influencie seus sentimentos! Acorde! - ele a segura e sacode com força. Tomada pela aura negra, ela o expele para longe.
Mel: HAHAHAHAHA, consegui, o recipiente é meu! - ela revela sua verdadeira idenidade.- Eu, Mellina, consegui resgatar o primeiro recipiente! Carolina, mostre sua força!!!
Lu: Não se eu pude impedir! - ele se levanta e diz a Carolina: Tente expelir esses pensamentos ruins da sua mente. Vamos, faça um esforço!
Ca: Cale a boca! Só eu sei o que passei durante toda a minha vida. Todos vão pagar pelo meu sofrimento! Poder do elemento: Transformação! - ela canaliza suas energias e lança um ataque em cima de Luiz - Bola de fogo! - ele consegue se esquivar.
Lu: Sailor Fire, não me obrigue a isso... Por favor, acorde! Você não pode se voltar para o Caos.
Mell: Olha Carolina, parece que tem mais uma pessoa contra você... Vai deixar que ele fale assim?
SFi: Não... Cale-se! Ninguém mais vai me dizer o que fazer e depois me largar como uma peça de jogo. - e parte para lutar contra o rapaz, que defende todos os golpes. Luiz percebe que se não fizer nada, vai perder a luta.
Mell: Vamos Sailor do Fogo, acabe com ele!
SFi: Bola de Fogo! - ele desvia da magia lançada por ela e tenta bloquear os golpes novamente. - cansado de tanto se esquivar, ele não vê outra alternativa.
Lu: Poder mágico: Transformação! Não deixarei que leve essa alma para o lado sombrio. Sou o Andarilho e irei te deter!!!
Mell: Não há como deter o Reino do Terror. Em breve todos os recipientes serão nossos e sua missão fracassará. Encontrarei todos eles e os farei enxergar a glória do lado sombrio! HAHAHAHAHA - a aura negra que pairava sobre Sailor Fire fica cada vez mais obscura. O Andarilho teme pela guerreira do fogo.
And: Sailor Fire, tente se controlar... Não podemos lutar um contra o outro. Lembre-se de quem você é.
SFi: Cansei de ser destratada e deixada de lado! Hoje você verá quem é Sailor Fire!!! - ela o acerta e continua a desferir golpes contra ele. Com suas forças cada vez mais debilitadas, o Andarilho tenta se defender dos golpes mais uma vez, mas seu esforço é em vão. Ela desfere vários socos em sequência e ele recebe cada um deles. Ferido, ele cai no chão quase sem forças. Naquele momento o céu mudou de cor. A sensação era de perda e terror. O mundo chorava pela derrota de um herói. Sailor Fire, cada vez mais possuída pelas emoções ruins e pela aura do Caos, não cessava os golpes.
Mel: Chegou a hora Sailor Fire, dê o golpe final... - quando ela preparava o último golpe, o Andarilho fez a última coisa que poderia. Reuniu suas forças, colocou-se de pé e disse:
And: Sailor Fire... Carolina, lembre-se de quem você REALMENTE é. Lembre-se por que vim aqui e por que você me chamou. Você não está sozinha. Estamos juntos, e juntos vamos vencer tudo... Não deixe o Caos entrar em seu coração, vença esses sentimentos ruins que existem em você. Eu sei como é difícil estar sozinho, sei o que é não entender o porquê das coisas e sei o que é ser deixado de lado. Mas acredite, nada pode fazer tudo isso mudar, se VOCÊ não tiver forças. Lute contra o mal, lute contra dor, contra a raiva, a cólera e o ódio. Tenha a CORAGEM de ser quem você é. Entenda suas fraquezas e vença. Lute, Sailor Fire, lute! - ao falar estas palavras, o Andarilho gasta todas as suas energias fazendo sua aura de luz emanar, na esperança de que alcançaria o coração da Sailor do fogo.
SFi: Cale-se! Será eu fim... BOLA DE FOGO! - ela o ataca. Mas enquanto vê o homem caindo no chão derrotado, uma imagem passa em sua mente. Ela lembra de um sonho, em que avistava de sua janela um rapaz que andava por uma estrada, sem rumo. Ela o chama, diz que está sozinha e precisa de ajuda. Ele então promete que assim que encontrar o caminho que leva até sua morada, estará junto dela para fazer companhia e descobrirem juntos que caminho seguir... Passada a imagem, ela luta com seus pensamentos mais sombrios. Posta-se de joelhos no chão e começa a chorar. Uma dor insuportável toma seu coração. O que estava acontecendo? O que estava fazendo?
Mell: Levante-se Sailor Fire, e vislumbre sua vitória. As lágrimas são para os fracos. Erga-se diante da glória do Caos. - Mellina para diante da guerreira e insiste que ela se levante, sem obter respostas. Então ela vai em direção ao seu inimigo, olha para baixo e diz: Eu sabia que nada poderia deter o Caos.


A cena era trágica. O Andarilho caído, sem forças e inconsciente; Sailor Fire prostrada ao chão chorando copiosamente, sem saber o que fazer, sem saber o que pensar; e Mellina se preparando para desferir um último golpe. Nesse instante, Sailor Fire, que fora atingida pela aura de luz, olha para Mellina com um olhar diferente.

SFi: Deixe... Deixe o Andarilho, agora!
Mell: O que disse?
SFi: Eu disse: DEIXE O ANDARILHO! Não encoste um dedo sequer nele.
Mell: Como conseguiu quebrar meu elo mental!?
SFi: O guerreiros da Luz tem muito mais força do que você imagina. Nossa luta não se baseia na força física ou no ódio. Lutamos por um único objetivo. E você não vai me levar assim. Eu sou Sailor Fire, a guerreira do fogo, do calor e da Coragem. Enfrentei meu medos e sei o que devo fazer. Agora, saia de perto do Andarilho.
Mell: Eu os subestimei, vocês são mais fortes do que eu imaginava. Nunca pensei que ele pudesse se sacrificar por vocês. Mas isso não fica assim! Eu voltarei e acabarei com os dois, custe o que custar. - em meio a uma nuvem de poeira, Mellina some. Sailor Fire vai em direção ao Andarilho e diz:
SFi: Andarilho, acorde! Agora sei como você me encontrou. Fui eu que te chamei até aqui... Por favor, me perdoe pelo que fiz. Receba o calor que há em mim. - ela queima sua aura em seu nível mais forte, para tentar curar os ferimentos do amigo. Ele recebe forças e retoma a consciência. Sailor Fire o abraça forte, emocionada, e diz: Pensei por um instante que havia feito uma besteira. Achei que tivesse perdido meu primeiro amigo.
And: Não se preocupe, sua coragem em lutar contra seus pesadelos é o mais importante. Você está de volta... - tudo terminou bem. Os dois estavam seguros e a inimiga já havia partido. Não muito longe dali eles conversavam a respeito do que fariam a seguir.


Lu: Carolina, obrigado por tudo.
Ca: Obrigado? Eu te fiz um mal terrível. Quase tirei sua vida, não precisa agradecer.
Lu: Sim, eu agradeço, pois pude ver que estou no caminho certo. E apesar de não possuir mais meus poderes para me transformar em Andarilho, sei que fiz a coisa certa. Era o meu dever, sempre foi.
Ca: E o que faremos agora?
Lu: A princípio vim dizer que encontrei um caminho a seguir. E estou disposto a ir até o fim.
Ca: E já sabe qual é o caminho?
Lu: Sim, existem outros recipientes espalhados por aí. Preciso encontrá-los e reuní-los, para lutar contra o reino do Caos e seus seguidores. Falando nisso, encontrei encontrei uma garota na cidade de onde eu vim. Ela foi a segunda a sinalizar seus poderes. Monique é uma pessoa muito especial e possui dons artísticos incríveis. Temo que se ficar muito longe dela os inimigos a percebam. 
Ca: Quer que eu vá com você?
Lu: Ainda não, seria perigoso, já que você eles reconhecem com facilidade. Vim aqui para te dar este recado: achei mais um recipiente e preciso que você fique atenta, pois os inimigos estão cada vez mais fortes.
Ca: E quanto aos seus poderes? Você acha que pode lutar contra a Mellina de novo?
Lu: Não se preocupe com ela. Pelo que me lembro dos planos do inimigo, ele não ordena que uma agente fracassada lute de novo. Mas devemos nos preparar para a sua volta.
Ca: E o que eu faço? Fico aqui escondida, esperando você voltar?
Lu: Não. Continue atenta à movimentação deles. Mas desta vez, seja mais minuciosa e observadora. Eles estão em todas as partes.
Ca: Se eles aparecerem de novo, cuido de cada um com muito prazer. Não me distrairei.
Lu: Confio em você Sailor Fire. Cuide-se, e detenha os inimigos que aparecerem na sua frente.

Com essas palavras, Luiz parte mais uma vez. Deixando Carolina, a nossa Sailor Fire, com novas esperanças e certezas. Esperanças de ter em quem se apoiar e em quem confiar. Certeza de que a luta realmente havia começado, mas acima de tudo, não estava sozinha nessa batalha, por mais que os amigos não estivessem tão perto como se quer.

Fim do capítulo 07