Capítulo 04: Unindo forças

Mais um dia terminava, Monique e Talita conversaram muito sobre o que estava acontecendo com elas. Tentavam entender o que significava ser uma Sailor. Luiz lhes dissera que suas jornadas se cruzavam desde outras vidas, e que a missão que possuíam era muito importante para a salvação do mundo. Perguntaram várias coisas ao amigo, mas ele não respondeu a todas as expectativas. Dúvidas, incertezas e muita insegurança pairavam no ar. A única coisa que sabiam, era que quando se transformavam em guerreiras todas as dúvidas e medos sumiam. Não havia dor, não havia receio, nem insegurança. Sabiam que naquele momento só o que tinham que fazer era lutar contra os inimigos. Mas será que isso quer dizer alguma coisa? Será que aquelas guerreiras em que se transformavam não eram outras identidades? Algo como possessão... Refletiram nessas ideias por uns dias, chegaram até a afirmar ser tal coisa. Mas ao se lembrarem de todos os feitos e de como eram seus sentimentos na batalha, perceberam que mesmo tendo habilidades e forças desconhecidas, aquelas Sailors eram elas de fato. Ainda com muitas dúvidas, procuraram Luiz para uma nova conversa.

Enquanto nossas amigas tentam saber sobre suas verdadeiras vidas, Vanilla planeja mais um ataque contra as Sailors. Depois de ver sua parceira fracassar diante dos seus olhos e mediante a ameaça feita por seu mestre, ela não vê outra escolha senão seguir em frente e lutar com todas as suas forças. Desejava o fim das guerreiras e, mais do que tudo, encontrar os preciosos recipientes para seu mestre. Com a energia coletada dos humanos no último ataque, conseguiu forças para levar seus planos adiante. Entretanto, seu poder ainda era insuficiente para a batalha. Precisaria de mais. Estava organizando um novo ataque, desta vez seria mais ofensivo. Não tinha nada a perder.

Num fim de aula, Monique, Talita, Gisele e Michele se dirigem para a biblioteca da escola. Precisam fazer um trabalho em grupo, valendo nota. Monique está desesperada, Talita também.

Mo: Ai meninas, não sei o que fazer. Estou tão desligada com os estudos!

TR: Nem me fale, estou cansada de tantos trabalhos e provas.

Mo: Às vezes penso em largar tudo e sumir no mundo!

Gisele: O que? Ai, vocês hein. Deus me livre deixar de estudar... Vocês não querem fazer faculdade? Não querem trabalhar e ter sua independência?

Michele: Ah para Gisele! Relaxa um pouco. Vai fazer a estudante CDF agora?

Gi: Não, só estou dizendo que estudar é importante, oras.

TR: Muuuuuito importante. Ainda mais com um monte de gatinhos soltos por esse colégio!

Gi: Talita hein!? Já está de olho em algum rapaz? Aiai...

Mi: Ha! A Talita? De olho em alguém? Essa aí é paradona, se depender dela nada acontece!

TR: Eh... Não é bem assim tá?

Mo: Nãaaaaao mesmo né dona TR!? Sou eu quem fica de papo na internet com um gatinho há meses e não rola nada! Né? =P

TR: Mas... Não é nada disso tá? Eu só converso com ele, nada demais!

Mi: Tá, sei. Me engana. Com essa cara de apaixonada?

Gi: Ihhh Acho que vai dar namoro. Me chama pra ser a madrinha do casório!

TR: Ahhhhh, para! Vocês acham que eu devo fazer o que? Chegar em cima dele e dar mole?

Mo: E porque não? Não vejo nada demais em você falar com ele.

Gi: Ah pega mal. Acho melhor alguém tentar falar com ele. Quem sabe o Luiz...?

Mi: Decidido! Vamos chamar o Luiz e ele fala com o carinha. Vamos acabar logo com isso.

TR: Não... Se vocês fizerem isso perderão uma amiga.

Mo: Perco a amiga, mas ela ganha um namorado!

Gi: Monique está decidida. Vai falar com o Luiz mesmo?

Mi: Vou chamá-lo, esperem aqui.

TR: Não vai Michele! Estou falando sério! Não quero nada com esse menino. Se ele quiser algo comigo, que venha a mim. - Talita segura Michele pelo braço, impedindo-a de sair da biblioteca.

Mo: Você me irrita!!! Por que não acaba logo com esse martírio!?

Gi: Gente, acho melhor pararmos de implicar com ela. Se não quer, o que podemos fazer?

Mi: Quem disse que estou implicando? Falo muito sério!

TR: Já pedi pra pararem de graça. Não quero que façam nada e ponto!

Mo: Ok, ok... Vamos deixar isso de lado e fazer o trabalho.

Mi: É, vamos fingir que nada acontece entre a Talita e esse menino, de novo. =/

Enquanto conversavam e estudavam, as meninas não percebiam a movimentação que acontecia na rua da escola. Um carro preto parou na porta da unidade e de dentro sai uma mulher elegantemente vestida. Ela entra, procura a direção e diz que escolheu aquela escola para participar de exposição de arte. Queria fazer um concurso e escolher os melhores pintores para que seus quadros fossem expostos em sua galeria. Os dias se passaram e toda a escola se envolveu no projeto. Monique resolveu se inscrever e participar do concurso. - É uma oportunidade de saber se o que pinto é de bom tom ou não. - Tudo estava indo bem, o projeto foi um sucesso e Monique coneguiu se classificar para a exposição.

Mo: Consegui! Nem acredito que terei um quadro exposto nessa galeria.

Gi/Mi/TR: Parabéns!!!

Mo: Meninas, vocês vieram!

TR: E tinha como fugir? Você não sabe que a visita à exposição é uma atividade escolar também?

Mo: Ah tinha me esquecido.

Gi: Quantos quadros lindos! Mas, tem outras pessoas que não são da nossa escola aqui.

Mi: São de outras escolas. Ouvi dizer que a patrocinadora do projeto escolheu 5 escolas para participar da exposição.

Mo: É, e todos são tão talentosos, tão originais. Me pergunto se minha pintura ficou no mesmo nível que a deles.

TR: Não se importe com isso. Seu quadro ficou o máximo! Veja quantas pessoas o admiram.

Gi: Concordo com a Talita. Com tanta gente vendo o seu quadro você pode se considerar uma grande pintora.

Mo: Nem de longe gente! Ainda preciso melhorar bastante.

Mi: Caraca! A Monique me enche com isso! Você fez um quadro ótimo e ainda acha que não ficou bom? Me diz: tem como ficar melhor que isso?

TR: Não responde! Michele, ela vai dizer que tem sim e blablabla...

Gi: Eu entendo a Monique. Ela só quer se aperfeiçoar.

Mi: Vai começar a dona certinha. Gisele você pode ser menos certinha e exigente?

Mo: Vamos mudar de assunto, por favor? E Michele, pare de falar assim com a Gi. Se ela preza por se esforçar visando a superação dos limites ninguém tem nada com isso.

Gi: Monique, que coisa linda... Obrigado, de coração.

A exposição era um sucesso. Varios alunos das 5 escolas participantes estavam na galeria prestigiando os colegas ganhadores. No meio das atividades os estudantes receberam o comunicado de que deveriam se dirigir à sala de cerimônias para a entrega dos prêmios. Ao chegarem lá, as meninas se deparam com todos os estudantes participantes do projeto e os outros que foram prestigiar o evento. No palco, estão a patrocinadora do evento e seus assessores. Uma mestre de cerimônias solicita que todos sentem para começar a premiação.

- Atenção estudantes, professores e diretores. Vamos dar início a nossa cerimônia de premiação. Pedimos que se acomodem em seus assentos. Com a palavra nossa mantenedora e patrocinadora do projeto: senhora Vania.

Vania: Boa tarde meus queridos amigos, é com muito prazer que os recebo aqui em meu espaço. Gostaria de agradecer aos ganhadores do prêmio por telas tão magníficas; aos estudantes participantes, de um modo geral, pelo maravilhoso trabalho que realizaram; e aos diretores e professores que nos receberam de braços abertos. É um prazer imensurável tê-los aqui. - Monique olha fixamente para a mulher no palco e cochicha com Talita.

Mo: Tailita, acho que conheço essa mulher, mas não sei de onde. Lembra dela?

TR: Eh... Olhando assim de relance, parece com aquela mulher lá da cantina da escola. ^_^

Mo: O que!? Não estou falando dela TR! ¬¬'

TR: Não!? Fala de quem então!? [tenho quase certeza que é parente da moça da cantina...] =D

Mo: Sei não... Mas o rosto dela é familiar.

TR: Bem amiga, vou ao banheiro.

Mo: Não demore, ou você perderá minha premiação. - e Talita foi, entretanto, foi impedida de sair do salão por um dos seguranças.

TR: Hei! Eu quero sair. Preciso ir ao banheiro.

- Ninguém sai daqui até o término da premiação! - os homens barram a saída da estudante, que volta ao seu lugar contrariada.

Mo: O que houve? Você não ia ao banheiro?

TR: Não pude sair...

Gi: É ainda há pouco fui beber água e não deixaram sair também. E a Michele tentou ir ao banheiro e não pôde.

Mi: Já estou ficando de saco cheio deste evento.

Mo: Acalmem-se meninas. Já está acabando. Olha lá, ela vai começar a chamar os premiados.

Vania: E agora, chamo ao palco os ganhadores Monique Oliveira, Juan Santos, Taissa Ramos, João Lemos, Carlos Castro... - e ela chamou 5 alunos de cada escola. Em poucos minutos todos estavam no palco e receberam medalhas. - É com muito orgulho que premiamos os artistas do futuro, que através de sua arte nos darão a energia pura possível para mudar a história deste planeta! - foi quando os ganhadores do prêmio começaram a se sentir mal, as luzes piscaram, ouviram-se ruídos assombrosos. Gisele corre em direção a porta e nota que os seguranças estavam de desfigurando. Em cima do palco, Monique olha para Talita e as duas fazem sinal de que a batalha vai começar. Quando Michele dá por si, nota que os seguranças se transformaram em monstros de sombra e começaram a atacar as pessoas, a platéia entrou em alvoroço.

Mi: O que está acontecendo!? O que são essas coisas!?

TR: Rápido meninas, por aqui! Vamos fugir.

Vania: Não adianta correr, nós somos o Reino do Terror e viemos sua energia pegar! - ao dizer isso a mulher revela sua verdadeira identidade.

Mo: Então era você o tempo todo!

Vanilla: Sim. HAHAHAHAHAHA! Agora roubarei toda a sua energia! - as pessoas entram em pânico, mas as sombras controladas pela dama de preto logo as prendem e começam o processo de sugar a energia. Monique, que estava com uma medalha, arranca-a de seu pescoço e a joga longe. Os outros estudantes viram uma espécie de zumbi, controlados por Vanilla. Enquanto isso Talita e as outras correm tentando sair do prédio. Mas ela para de correr e diz.

TR: Tenho que voltar, a Monique está lá dentro. Ela precisa de ajuda!

Mi: Nós vamos com você, ela também é nossa amiga.

TR: Não, voltem e procurem ajuda! Lá é perigoso demais.

Gi: Vamos Michele, deixe a Talita ir. É melhor buscar ajuda mesmo. - segurou o braço de Michele e deixou que Talita fosse. Quando chegou, viu Monique cercada pelos estudantes zumbis e Vanilla conjurando o feitiço que sugava a energia das pessoas.

Mo: Talita, onde estão Michele e Gi?

TR: Lá fora, foram buscar ajuda. - mas em vez disso, elas discutiam na entrada da galeria.

Mi: Me solta Gisele!!! Vou entrar lá e ajudar nossas amigas.

Gi: Não, você ouviu a Talita, vamos buscar ajuda... Chamar a polícia.

Mi: Polícia Gi? Viu aquelas criaturas lá dentro...? Polícia nenhuma vai dar jeito naquilo. Fui! - e ela saiu correndo em direção ao salão.

Gi: Se é assim, não vou deixar vocês sozinhas. - Gisele também vai ao encontro de suas amigas.

Mo: Talita, vamos nos transformar!

TR: Sim.

Mo/TR: Poder do elemento... - mas antes que elas pudessem completar a frase de transformação, os zumbis as atingem, fazendo com que caiam no chão. Do corredor, Michele avista as amigas caídas e as chama.

Mi: Monique, Talita!!! Estou chegando.

Gi: Viemos ajudar!

Mo: Meninas, saiam daqui, é perigoso! - começou a se preocupar com suas amigas. Elas não deveriam estar ali. O que ia fazer agora?

Mi: Vamos sair daqui!

Van: Não deixarei! Essas duas garotas são minhas e não escaparão! - a vilã ordena que os zumbis segurem Gisele e Michele.

Gi: Socorroo! Me soltem seus bichos feios! Ai, minha bolsa! Largaaaa! - os zumbis seguram as duas meninas.

Mi: Monique, salve-se! Sai daqui enquanto há tempo!

TR: Não deixaremos vocês aqui! [o que vamos fazer? não podemos revelar nossa identidade]

Mo: Talita, salve as meninas, eu vou tentar parar Vanilla.

Van: Não dê nem mais um passo! Se vocês se moverem ordeno que meus zumbis matem suas queridas amigas. - via-se o olhar de desespero e nojo de Gisele.

Gi: Não deem ouvidos a ela! Fujam amigas! - Mas Tailta e Monique se olham fixamente.

Mo: Não vamos fugir e não vamos deixar que nada aconteça com as nossas amigas ou qualquer outra pessoa.

TR: Não fugiremos!

Mi: Não... Ela vai matar vocês.

TR: Não se preocupe, tudo vai ficar bem.

Van: Chega de ladainha! Vou acabar com vocês! Zumbis, ataquem!

Mo/TR: Poder do elemento: transformação! - e elas se transformam bem na frente de suas amigas, que observam atônitas.

STh/SWi: Como ousa roubar as energias puras das pessoas? Não deixaremos sua maldade ficar impune!

Sth: Sou a guerreira do trovão, Sailor Thunder!

SWi: Sou a guerreira do vento, Sailor Wind!

Sth/SWi: E vamos puní-la!

Mi: Monique? Talita?

Gi: Salior Thunder e Sailor Wind? 

Van: Eu avisei... Zumbis acabem com essas pirralhas! - Nesse momento as sailors pensam em como resgatar suas amigas. Precisam agir, mas se utilizarem seus poderes ofensivos podem machucar as amigas. Sailor Thunder fecha os olhos e diz.

STh: Preciso ajudar minhas amigas! Elemento do Trovão, me dê sua força! "Onda Trovão!" - ela direciona seu ataque para os zumbis e os paraliza.

SWi: Elemento do Vento, ajude-me a proteger as pessoas! - ela fecha seus olhos, abre as mãos e diz: "Bolha de Ar!" - O ataque atinge os zumbis que seguravam suas amigas, fazendo-os cair no chão. Suas amigas estão livres.

Gi: Isso é incrível, vocês são muito fortes!

STh: Gisele, vocês precisam sair daqui e pedir ajuda.

Mi: Mas e vocês?

SWi: Nós ficaremos aqui e lutaremos. Não podemos deixar que ela roube a energia das pessoas. Vão! - elas exitaram por um instante, mas foram... Saíram do prédio e procuraram o posto policial mais próximo.

Van: Não pensem que vão me derrotar só porque libertaram suas amigas! Morram! Zumbis!

STh: Sailor Wind, precisamos salvar essas pessoas desse transe e fazê-las voltar ao normal.

SWi: Sim, mas como faremos? - enquanto elas se esquivavam dos zumbis e tentavam libertar as outras pessoas, Vanilla armava um golpe.

Van: "Esfera da morte!" - e a lança contra as sailors, que por pouco não esquivam.

STh: "Onda Trovão!" - ela tenta paralizar a mulher de preto, mas falha.

SWi: "Bolha de Ar!" - lança contra os zumbis que a cercam, que caem no chão, mas logo se recompõem.

STh: Precisamos unir nossas forças... - foi nesse momento que Sailor Thunder percebeu que não estava lutando sozinha. Sem a ajuda da amiga, nada poderia fazer. Se elas eram guerreiras, se existia um propósito para lutarem, que fizessm isso juntas.

SWi: O que faremos? - por um instante ela achou que pôde ouvir o pensamento da amiga... Ambas se prepararam e...

STh: "Explosão de Centelhas!"

SWi: "Super Ciclone!" - os ataques se unem e formando um ciclone carregado com descargas elétricas, que atinge Vanilla em cheio.

Van: Maldição! Não posso falhar! Mestre, me dê forças!!!... ... ... Mestre? Não me abandoneeee! - seu corpo brilha como uma forte luz, e desaparece. Mas isso não fez com que as pessoas voltassem ao normal, ou que os casulos sugadores de energia se desfizessem.

STh: O que faremos? - elas se deparam com aquela cena, corpos nos chão, feridos, outros presos... E os zumbis? Ainda as atacavam. - "Onda Trovão!" - conseguiu pará-los.

SWi: "Bolha de Ar!" - ia tirando as pessoas dos casulos com seu novo golpe, quando ouviu a voz de Luiz em sua mente: "Unam seus espíritos em um só e libertem essas pessoas do transe..." - Sailor Thunder, vamos unir nossos poderes mais uma vez!

STh: Como? Consegui parar essas pessoas amaldiçoadas, mas o que fazer?

- HAHAHAHAHAHAHA, eles são meus!

STh: Quem disse isso? Apareça! - não houve tempo, bem diante de seus olhos uma nuvem negra envolveu os zumbis e os levou. Sumiram...

SWi: Não! - em seguida a polícia chegou e viu a cena desesperadora. Junto deles estavam Michele e Gisele.

Policial: O que aconteceu aqui? Fiquem paradas!

STh: O Reino do Caos e do Terror atacou. Vocês precisam ficar mais atentos.

Policial: E o que me garante que não foram vocês que fizeram isso?

Gi: Não foram elas policial. Elas vieram nos ajudar.

Mi: E lutaram com os monstros!

SWi: Somos Sailor Wind e Sailor Thunder, só queremos ajudar.

STh: Em breve, uma grande batalha se formará na Terra e nós viemos impedir.

Policial: Batalha? Vocês tem relação com os sequestros de uns dias atrás?

STh: Sempre que precisarem, estaremos prontas a ajudar!

SWi: Até breve... - e fugiram...

Naquele dia, Michele e Gisele ficaram na delegacia prestando depoimento. Monique e Talita, ficaram imaginando o que viria a seguir. Já houveram ataques, sequestros e agora transformação de pessoas em zumbis. Qual era o plano do inimigo? Outra preocupação: Michele e Gisele sabem de suas identidades... O que fazer? Precisavam urgentemente encontrar Luiz e obter respostas. Entretanto, não o acharam novamente...

- HAHAHAHAHAHAHAHA, agora a diversão vai começar...

Fim do capítulo 04

Capítulo 03: Laços de amizade

Era mais uma manhã calma para Talita, a semana passou rápido e o seu sábado seria tranquilo e divertido ao lado da amiga Monique. Haviam marcado de ir ao shopping andar um pouco e conversar. Queria saber o que estava acontecendo com a amiga, pois notou que ela andava um pouco estranha desde o dia do desmaio na rua. Tentou falar com Luiz e as outras meninas também, mas estranhamente não conseguiu contato com o rapaz e as outras meninas tinham outros afazeres. Pensando no Luiz, Talita reparou que ele e Monique andavam muito ligados depois de alguns dias. Chegou a pensar que estavam em clima de romance, mas assim que viu os olhares que os amigos trocavam, pôde perceber claramente que algo estranho estava no ar, e não era romance. O que seria? Será que há algo de errado com a amiga? Será que Luiz sabe de alguma coisa? - Só me resta perguntar e eles e tentar ajudar...

Num lugar distante da luz e do brilho das estrelas...

- Trinity, Vanilla onde estão?

Tri/Van: Aqui mestre.

- Conseguiram localizar o recipiente?

Tri: Sim senhor.

Van: Localizamos o recipiente, mas ele quebrou antes que pudéssemos colocar as mãos nele.

- Idiotas! Como deixaram acontecer!?

Van: Foi aquele que os protege mestre.

Tri: Ele nos enganou e chamou a atenção para si, dando tempo de o recipiente quebrar e desperdiçar seu conteúdo.

- Quero que ponham as mãos no conteúdo deste recipiente o mais rápido possível!

Van: Sim mestre, assim o faremos!

Tri: Já sabemos o que fazer: vamos roubar a energia das pessoas da Terra e assim nos fortaleceremos para a batalha.

- Lembrem-se: o poder que eles possuem é valioso demais, não ousem roubá-los e desperdiçá-los... Caso isso aconteça, já sabem seus destinos.

Van: Sim mestre.

Tri: Não falharemos de novo!

- Espero que sim! Tragam o poder do recipiente para mim!!!

Já eram 18h e Monique esperava sua amiga na entrada do shopping como haviam combinado. Monique repara algo estranho no ar, como se algo ruim estivesse pra acontecer. - Ai, minha cabeça! Esse pressentimemto ruim. O que será!? - A garota ficou ali, olhando de um lado para o outro, sem saber o que procurar. Foi quando avistou Talita.

Talita: Nique! Chegou cedo hoje hein!

Monique: Sim prima, cheguei cedo mesmo.

TR: Pelo menos uma vez na vida né!?

Mo: Para! Nem sou tão atrasada assim!

TR: Imagina... Só se atrasa pra chegar na aula e pros encontros com os amigos de vez em quando. Nada de mais né?

Mo: Ahhh Talita!? Vai ficar me gongando agora é?

TR: Não prima, foi só brincadeira vai, esquece isso. Vamos entrar? - e entraram, passearam, viram filme e foram comer.

Mo: Ai, minha cabeça! Essa sensação ruim de novo?

TR: O que foi Monique? Viu algum rapaz lindão que te fez ficar tonta?

Mo: Não, antes fosse prima, antes fosse... To sentindo uns enjoos hoje. Não sei o que é.

TR: Ihhh, enjoos... Nique, me diz uma coisa. Por acaso você...

Mo: Tá maluca TR!? Eu hein, nem pensar!

TR: Sei não Nique, isso é muito estranho.

Mo: Vamos sentar um pouco? Estou me sentindo cansada.

TR: hahahahahahahaha! Sei, sei.... Você hein! Safadinha!

Mo: [envergonhada] Oh dona Talita Raquel, quer parar de graça? Está me deixando constrangida!

TR: Tá, tudo bem. Mas me diz, o que você tem?

Mo: Nada, só um mal estar.

TR: Você não me engana Monique. Pode dizer o que for, sei que não está bem. Isso tem algo em comum com o dia do desmaio?

Mo: O que!? Eh... Não! Nadinha!

TR: Tem certeza? Depois daquele dia você anda calada demais. Não tem desenhado nos cadernos, nem ido lanchar com a gente.

Mo: Não foi nada, só estou um pouco cansada das provas e dos estudos. É muita coisa na minha cabeça.

TR: Sei... E o Luiz? Porque vocês estavam de tanto segredinho e depois ele sumiu? Ninguém o vê na escola há dias, nem consegue contato com ele. Sabe de alguma coisa?

Mo: Não sei de nada tá!? Para com esse assunto! Não quero mais falar sobre mim.

TR: O que tem falar sobre você? Estou preocupada contigo Monique. Você é minha amiga e quero te ajudar. Se algo te preocupa, pode dividir comigo que procurarei te ajudar. Você diz que se sente mal e não quer falar sobre? Ah me poupe!

Mo: Não é isso Talita, é que estou atravessando uma fase muito confusa na minha vida e não quero envolver outras pessoas nisso.

TR: Fase difícil? E o que seria? Se não quer envolver outras pessoas, por que você ficou de segredos com o Luiz? Monique definitivamente algo está errado aqui...

Mo: Olha é melhor irmos embora tá? Cansei desse assunto! Pra mim já deu!

TR: Não deu nada! Volta aqui, Monique!

Mo: Me desculpe TR, mas não quero te chatear com minha vida, minhas preocupações. Sou muito tonta! - ela sai correndo em direção ao ponto de ônibus, mas Talita vai atrás.

TR: Monique! Volta aqui! Não foge de mim amiga! Monique! - Talita está indo em sua direção quando de repente surge uma sombra em sua frente. - O que? Quem são vocês? Me soltem! Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhh!

Mo: Hã? Talita!? Talita!? Cadê você prima? - a sensação ruim toma conta de seu corpo novamente. - Será que aquelas duas estiveram aqui? Oh, a bolsa da Talita!? O que será que aconteceu? Minha amiga, onde você está?...

Monique não sabia o que havia aconteceido, só ouviu os gritos de sua amiga e quando se virou, já era muito tarde. - O que poderia ter acontecido? Onde estava Talita? - Eram as perguntas que não saíam de sua cabeça... Começou a andar no shopping com os olhos lacrimejantes e tantando encontrar a amiga. - Ela está brincando comigo? Se for isso, é de muito mau gosto! - Ela procurou no shopping a noite toda, até que as lojas começaram a fechar as portas. Monique foi pra casa desesprada. O que faria? - Vou ligar pra ela! - Ligou e o telefone chamou, chamou, chamou... Mas ninguém atendeu. A garota começou a se sentir culpada. Talvez, se não tivesse corrido tentando fugir da conversa, nada disso teria acontecido e a amiga estaria bem. Deitou, pôs seu rosto no travesseiro e começou a chorar. - Talita! Onde você está? Será que os inimigos a pegaram? - Fitou o quadro mais uma vez, olhou fixamente para a figura em amarelo... - Sailor Thunder... Grande guerreira eu sou! Se nem consigo proteger minha amiga. Como vou lutar contra o mal? Como não pude perceber que elas apareceriam? Mas, será que eram elas mesmo? Não sei o que fazer! Talita, minha amiga... -  Tentando mais uma vez falar com Talita, e achando que ela poderia estar bem, entrou na internet para ver se conseguia contato. De repente seu telefone toca.

- Monique?

Mo: Quem fala?

- Sou eu, Luiz.

Mo: Ah Lu, onde você estava? Estou tão confusa, tão perdida...

Luiz: Monique me perdoe o sumiço, mas era necessário. Sua voz está trêmula, o que houve?

Mo: A Talita sumiu... Eu estava conversando com ela e... Não pude salvá-la, acho que foi um ataque.

Lu: Um ataque?

Mo: Sim... Não sei pra onde foram. O que faço?

Lu: Acalme-se. Logo saberemos onde ela está.

Mo: Como posso me acalmar!? Minha amiga sumiu bem debaixo do meu nariz e você quer que eu fique calma? Ajude-me Luiz; quero encontrar minha amiga. Por favor...

Lu: Não chore. Seja forte.

Mo: Espera... Estou vendo uma coisa estranha aqui...

Lu: O que foi?

Mo: Pessoas sumiram por toda cidade! Os sites de notícias só falam disso... Estranho...

Lu: Monique, isso deve ser obra de Trinity e Vanilla. Precisamos investigar! Há algo de comum nesses sumiços?

Mo: Sim, parece que todos eles ocorreram em lugares de grande movimento: praças, shoppings, museus, cinemas...

Lu: Como será que desapareceram?

Mo: Não sei, mas precisamos saber o que está acontecendo. Se for um ataque mesmo, várias pessoas correm perigo.

Monique procurou maiores informações na internet, mas não achou nada tão relevante que pudesse revelar algo a mais sobre o que já sabia. Não conseguiu ficar acordada e logo adormeceu com o telefone em mãos e o computador ligado. Luiz, do outro lado da linha, chamou por Monique, tentando fazê-la acordar para que juntos, tomassem providências. Mas a estudante só acordou no dia seguinte. Assustada, ela ligou imediatamente para Luiz:

Mo: Luiz!? Onde está?

Lu: Estou na praça, perto do shopping. Gostaria que você viesse, precisamos averiguar esses casos.

Mo: Sim! Estou a caminho. - muito mais que depressa a menina se arrumou e foi ao encontro de seu amigo. Chegando lá, outra sensação ruim. - Luiz, alguma coisa está para acontecer aqui. Sinto uma energia estranha nesta praça. Estou sentindo a mesma sensação de ontem.

- Aaaaaaaah, me larga! Socorroooooo!

Mo: Luiz, vamos! - ao correrem para um lado afastado avistam uma sombra agarrando os pés de uma moça e Trinity segurando uma espécie de varinha.

Trinity: HAHAHAHAHAAH Isso, me dê sua força!

Mo: Pare! Largue essa moça!

Tri: Então nos encontramos de novo!

Mo: É você quem está sequestrando as pessoas!?

Tri: Sim, sou eu! Elas me dão força, me alimentam!

Mo: Te alimentam!? Responda: o que você faz as pessoas?

Tri: Quer mesmo saber? Siga-me se for capaz! - a mulher de roupas pretas corre em direção a um prédio abandonado. Monique e Luiz vão atrás dela. Chegando lá encontram várias pessoas presas em casulos.

Lu: Não pode ser! Essas pessoas estão perdendo energia!?

Mo: O que? Será que a Talita está aqui?

Tri: Olhe a sua volta criança... Veja o que belos recipientes encontrei pro meu mestre! Suas energias serão sugadas até o fim e eu me alimentarei para derrotar você!

Lu: Olhe! A Talita está ali! - ele corre em direção de sua amiga e tenta tirá-la do casulo, mas é impedido por Vanilla.

Van: Imbecil! Sombras, agarrem-no! - Luiz começou a ser envolto por sombras e elas o pegaram pelo pé, formando um casulo. - Finalmente o pegamos.

Tri: Agora você está sozinha.

Mo: Luiz, Talita!!! Meus amigos... Poder do elemento: transformação!

Van: Desta vez não adiantarrá!

STh: Não deixarei que se aproveitem da energia das pessoas! Sou Sailor Thunder e vou impedí-las!

Tri: HAHAHAHA, veja o poder que os recipientes me deram! "Esfera de sombras!" - Trinity cria uma esfera negra e a lança contra a Sailor o trovão, que desvia.

STh: "Explosão de centelhas!" - ela atinge Trinity, mas nada acontece. - Não pode ser... Ela não se feriu com meu golpe.

Tri: É o seu fim Sailor do trovão. - a mulher prepara outra esfera de sombras, mas Sailor Thunder é ágil e corre em direção de sua amiga Talita. - Não vai conseguir salvá-la! "Esfera de sombras!" - a guerreira desvia e o ataque atinge o casulo em que Talita está presa. Com o ataque, o casulo a expele.

STh: Talita? Acorde, você precisa sair daqui. Talita!?

TR: Hã? O que houve? Monique? Não... Você não é a Monique. O que está acontecendo?

STh: Fuja, rápido!

TR: Não consigo me levantar, estou fraca demais.

Van: Trinity, acabe logo com isso! Mate-a!

Tri: Esse será o meu ataque mais poderoso. "Esfera explosiva!"

STh: Talita, não! - a guerreira entra na frente de sua amiga e recebe todo o golpe em seu corpo. Ela cai ferida, e sua transformação se desfaz.

TR: Monique? Monique? Era você? Minha amiga... Você estava lutando para me proteger? Foi por isso que essas mulheres me raptaram? Elas queriam machucar você?

Tri: Tarde demais criança... A energia de sua amiga será sugada e logo teremos o poder elemental em nossas mãos!

TR: Não! Por que fazem isso? O que querem com a minha amiga? O que são vocês? Deixem os humanos em paz! ... Hã!? - Talita sente algo estranho em seu peito, como se suas forças estivessem se renovando. Olhou para a amiga desacordada, sentiu-se culpada por tudo aquilo. Talvez se não tivesse sido tão dura, nada disso estaria acontecendo. Mas agora não poderia se lamentar, a amiga estava ali, caída, desacordada e precisando de sua ajuda. Cerrou os punhos, sentiu uma estranha energia em suas mãos. Levantou-as para o alto e disse. - Poder do elemento: transformação! Não permitirei que suguem a energias das pessoas, ou que machuquem meus amigos! Sou Sailor Wind, preparem-se para a batalha!

Tri: O que? Outra Sailor? Não importa, assim como sua amiguinha, farei você em pedacinhos e depois retirarei sua energia!

Sailor Wind: Não diga besteiras, é o seu fim! - Sailor Wind arma-se para a batalha e luta bravamente contra Trinity. Vanilla assistia a tudo, e estranhamente só observava.

Tri: "Esfera de sombras!"

SWi: "Super ciclone!" - a guerreira cria um ciclone e o direciona para Trinity, absorvendo o ataque dela e a atingindo com duplo poder. A mulher cai no chão e tenta se recompor.

Tri: Vanilla, me ajude. Acabe com essa Sailor.

Van: Sua falha não será perdoada Trinity. Não preciso mais de você. As energias que colhemos não são suficientes, mas com isso posso seguir com meus planos. No Reino do  Terror não há lugar para fracassados!

Tri: Não me deixe aqui!

SWi: Trinity, sua onda de maldades acabou! "Super Ciclone!" - com mais um ataque, Sailor Wind atinge a vilã fazendo seu corpo virar luz, e logo em seguida, desaparecer... Trinity fora derrotada!? - Monique! Como tirarei essas pessoas daqui!? - a guerreira fecha seus olhos e pensa em como fazer para tirar as pessoas dos casulos sem machucá-las. - Use seu poder, concentre-se e conseguirá! - Ouviu a voz de Luiz em seus pensamentos, e assim o fez. Usou mais um ciclone e conseguiu que os casulos expelissem todas as pessoas. Correu em direção de Luiz, que se recompôs muito rapidamente.

Lu: Sailor Wind, você despertou! Vamos libertar estas pessoas e sair daqui o quanto antes. - Ao dizer isto, Luiz e Sailor Wind ajudavam a multidão a sair do prédio. Monique, muito ferida, não conseguiu acompanhar todos os acontecimentos, pois oscilava entre perder e recobrar a consciência. Mas assim que viu o rapaz e a outra Sailor em ação, pensou:

Mo: Sailor Wind? Onde está Talita...? - Embora estivesse a salvo, não conseguiu se manter de pé para procurar sua amiga.

Monique acorda e se vê num quarto de hospital. Agitada, tenta tirar as agulhas de seu corpo e só se preocupa com Talita. Demora, mas percebe que não está sozinha no quarto.

Lu: Enfim você acordou.

TR: Pensamos que estivesse muito ferida!

Mo: Talita! Você está bem!? Onde estou? O que aconteceu? Onde estão todos?

Lu: Acalme-se. As pessoas sequestradas estão aqui no hospital, mas estão sob observação. Você incrivelmente se recuperou muito rápido. Assim como você, não é Talita?

TR: É verdade. Mas me pergunto: isso tem relação com o que somos?

Mo: Relação... com o que somos!? O quer dizer?

Lu: Monique, encontramos outra guerreira: Sailor Wind, nossa amiga Talita.

Mo: Talita é uma Sailor? Como eu? - ela põe a mão no rosto, sente vergonha - Me desculpe minha amiga, fui tão infantil, tão boba... Se soubesse disso antes, teria te explicado tudo. Tem sido tão difícil pra mim.

TR: Não se preocupe Nique, sei que não foi culpa sua. Não quis ser ruim comigo. Você está confusa, assim como eu estou começando a ficar com tantas informações. Mas quero que saiba que pode contar comigo, estou pronta pra te ajudar no que for preciso... - Talita segura a mão de sua amiga e olha em seus olhos. Monique consegue ver o brilho intenso de seu olhar e vê que agora não está mais sozinha. Luiz, pensativo, olha para o céu, se volta para suas amigas e diz:

Lu: Os inimigos se revelaram e começaram a agir. Nossa luta começou...

Fim do capítulo 03